sábado, 19 de outubro de 2013

dedos

um dedo fino na ponta da língua
as vestes refazem o ritual

braços em sangue puro
mãos que tremem com o chumbo

a vida um esboço frágil
que escapa por entre goles

o coração roça na boca
e as veias pulam em demasia

a noite chega em silêncio
a vida escurecida por uma voz rouca

a voz que se cala
 e nós dizemos bom dia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário