segunda-feira, 4 de novembro de 2013

poente

os tantos discursos ouvidos nas ruas
as várias vezes em silêncio
verbo sem nexo na língua dos outros
peso constante nos ombros

veias podres que escorrem chorume
bocas sangram ao amanhecer
uma voz tão delicada me pede,
bate mais!!!

soluços e lágrimas se juntam ao gozo
braços tão finos que me consomem
uma paz vindoura espera o próximo beijo
na pele suja existe amor
e nas folhas da relva
 um corpo pende de novo.

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