segunda-feira, 17 de junho de 2013

17 de junho

17 de junho

Cale a tua voz esburacada
O que não soma não é válido
Hoje as ruas são brancas
Com a ânsia de quem persiste
Parte de mim é o que há por fora
Correntes sendo arrastadas pelo chão
Ruídos, multidões
Deveriam estar por nós
Ninguém mais ouve
Não acredito no dito progresso
Tampouco na ordem
Na lei que anula meus e seus direitos
Nossa voz é reprimida
Suas armas em nossas gargantas
A fumaça sobe para ofuscar nossa consciência
Meus olhos continuam filmando o sangue
Há gente demais para não sobrar revolta
Quando os tiros forem disparados
Atropelamentos, angústia
O céu pode se fechar
Algumas torturas não cessam.

Ana Carol

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