um dedo fino na ponta da língua
as vestes refazem o ritual
braços em sangue puro
mãos que tremem com o chumbo
a vida um esboço frágil
que escapa por entre goles
o coração roça na boca
e as veias pulam em demasia
a noite chega em silêncio
a vida escurecida por uma voz rouca
a voz que se cala
e nós dizemos bom dia.
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